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12 de jun. de 2013

Te coloquei no comando

 
 


Eu segurei as forças em minhas mãos fracas forte demais e de forma desajeitada desde o início, eu não tinha domínio sobre mais nada em mim. Estremeci e me vi fraca, amoleci e mesmo não me chamando Maria me senti mole. Fiquei sem saber o que fazer, pela primeira vez na vida eu não sabia o que fazer no comando. Fiz o que devia ser feito, pelo menos o que achei que deveria em um estado distante de plena certeza, caminhei e poucos passos depois te encontrei, assim em meio ao teu rosto claro de respostas transcritas e seu olhar de solução me senti aliviada, como se meus ossos não pesassem nada mais que uma respiração funda e leve. O mesmo olhar que tantas vezes me deu firmeza e segurança em cada passo meu nas diversas vezes que me vi desequilibrada. Abrir mão de qualquer coisa que fosse sempre foi algo difícil, admito. É para ele que eu me emboneco como o mesmo diz, não abro mão do rímel e batom vermelho, faço bico e fixo meus olhos nos seus, a simplicidade de trança ou coque, de querer mexer no cabelo insatisfeita com a cor, mas por seu louco desejo permaneci como a menina que nasci. Olhava para você e com seu olhar expressivo anulava toda e qualquer dúvida minha sem que eu falasse uma frase ou palavra qualquer, demorei para perceber que abrindo mão do comando de presente com mãos beijadas o destino o daria pra mim . Demorei, mas ainda sim o recebi. Com olhar de solução, sorriso bonito e barba que me envolvia por inteira. Fiz o que por tanto tempo evitei e rodeei, o que você mesmo desejou ao botar seus olhos sobre meus fios loiros. Te coloquei no comando, em nada adiantaram os rodeios. Te coloquei no comando para fazer o que bem ou mal quisesse, para a minha surpresa fez o que nenhum outro cara faria, chega próximo de piada eu pensar em mencionar outros se tratando da nossa história, após botar seus olhos sobre meus fios loiros e os meus em seu sorriso bonito e queixo bem traçado tratei de ignorar vibrantemente qualquer outro par de calças que não fossem as suas justas embaixo e largadas em cima de bolsos retos. Ignorei quase tão bem como quando você faz comigo enquanto pronuncio a ladainha de moça ciumenta sem aceitar um olhar que não seja de completa paixão. Te coloquei no comando ao pegar cada cacareco meu e desejar que fossem seus, não ficou só em desejo. Toda noite meus fios loiros procuram por seu olhar e meu corpo sua barba para se manifestar.

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