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7 de dez. de 2012

Paciência, ciência




Até agora nada. Um nada bem minha cara, que é mais do que realmente aparenta, cheio de planos na minha cabeça, coração apertado - batendo forte e grandioso. Sorrisos soltos ao vento e gargalhadas só de pensar e se... Foi a forma que o destino encontrou para me ensinar a ter paciência, minha mãe sempre dizia: Paciência menina, pa-ci-ên-ci-a para entender a ciência, a mesma que nos estuda e perturba. Nem mesmo a ciência tem a resposta para essa sua demora, você quer não quer? Eu sei que quer, pelo menos foi o que pareceu na nossa conversa dupla de ontem (estou de dedinhos cruzados por isso até). Olhe, preste bem atenção nos meus olhos, pois eles falam mais que mil mulheres reunidas nos notáveis salões de beleza. Falam teu nome com mais frequência que nunca, rolou até um apelido expressando tamanho carinho e manha de minha parte. Para os outros que eu não conheço há tanto tempo assim como você me faço de mulher durona, mandona e não manhosa, inutilmente confesso: Manho-me fielmente por cada detalhe seu, a começar por seus olhos verdes feito esmeraldas, passando por seu corpo moldado exatamente para eu me encaixar e ali ficar e por fim e não menos importante, a sua voz que só falta dizer aquelas três palavrinhas que vezes ou outras saltam de seus olhos ao me ver ou talvez seja imaginação demais de minha parte, mas que só de pensar me fazem flutuar. Seu olhar transmite paz, diz que em você eu posso confiar, talvez por suas experiências de vida ou seu jeitão de alegria plena não importando o problema, sinto labaredas que chamuscam. Não me queimo, não ouso, apenas sinto-me aquecida sem te tocar, apenas por estar ao seu lado. Sempre achei diamante a melhor e mais bela jóia de todas, isso foi antes de ver teu par de olhos verdes feito esmeraldas. Você fazendo parte da ciência ou não seguirei as palavras de minha mãe e me manterei paciente para que eu lhe entenda.

Aguardo o bater de porta, seus tênis caindo ao chão e você deitando do meu lado, unindo seus braços ao meu corpo, sentindo o meu cheiro de saudade de você entre meu pescoço e cabelo. Sua meia escorregando entre meus joelhos e pernas, sua cabeça  encostada em minha barriga enquanto minhas mãos involuntariamente lhe fazem cafuné - cabelo fino, lisinho e loiro. Seus olhos bambeiam e fecham-se. Sinto-me em paz, é exatamente a primeira sensação que você me trás... Aqueles sessenta e alguns quilos meus evaporam, tornam-se plumas, fico leve ao ponto de voar - ou pelo menos acreditar.

2 comentários:

  1. Sem palavras. Lindo, especial, romântico. Palavras que eu nunca consegui expressar. Obrigada pelo excelente texto.

    lightsofhappiness.blogspot.com

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    1. Nossa, que linda! Não precisa agradecer, faço meus textos com todo prazer principalmente quando encontro alguém que realmente goste deles, que se identifique, isso para mim não tem preço, fico muito feliz por isso!

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