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24 de abr. de 2016

Aceitei a volta



Aceitei a volta, juntamente de todos os problemas já conhecidos, insisti mais uma vez, acreditei. Como haveria de não acreditar naquele par de olhos doces ao me olharem? Aceitei a volta e notavelmente cada parte de teu corpo estava voltada para mim, sussurrando perdão à espera da renúncia do orgulho e entrega ao amor. Entreguei-me ali na sala mesmo, com todos os móveis de plateia. Ele sabia cada ponto meu, soube tocar-me desde o corpo a alma, notei que por mais que fosse difícil permanecermos bem, era ele e não poderia ser mais ninguém. Apesar de tantos outros me quererem, ele era o único que me tinha verdadeiramente sem ao menos fazer nada, só por existir, estar ali e ser ele. Nunca havia idealizado um homem quando nova, mas a certeza era gritante, era ele e não poderia ser mais ninguém. Seu ego sempre em dúvida de minha escolha o fazia questionar-se por que eu o havia escolhido e permanecido ao seu lado até então, por vezes repeti isso a ele. Após os beijos e afagos de corpos a dúvida retornava em sua mente, às vezes saindo de sua boca, às vezes saindo de seus olhos ou até mesmo presa em teu silêncio. Aceitei a volta no dever de peito cheio de amor que transbordava no meu olhar em meio a tantas brincadeiras e risadas, nunca resisti ao seu par de olhos doces. Não haveria orgulho que me mantivesse longe dele, aceitei a volta e me entreguei.

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